Um dos problemas é a atonia uterina, uma condição difícil e que pode colocar em risco a mãe e o bebê.
Neste artigo, falaremos mais sobre esse assunto, apontando os principais sintomas, os fatores de risco e o tratamento adequado. Para saber mais, continue a leitura!
A atonia uterina é a incapacidade do útero de contrair durante ou depois do parto, seja normal ou cesárea. Isso pode implicar em hemorragia, fazendo com que a paciente precise de tratamento médico de maneira imediata, já que o problema pode colocar a vida da mulher em risco.
Muitas vezes, a complicação ocorre por conta de um trabalho de parto mais longo ou outros desafios, como: gravidez gemelar, gestante acima do peso ou obesa, uso de sulfato de magnésio, entre outros.
Embora seja uma condição que pode causar muitos danos, ela pode ser prevenida, desde que haja a identificação do risco durante os exames no pré-natal. Caso o problema surja, é preciso iniciar o tratamento imediatamente para evitar problemas mais graves, como choque hipovolêmico, causado pela hemorragia.
Diversos fatores podem ser os responsáveis pelo surgimento da atonia uterina, uma condição que deixa o útero esticado, podendo causar problemas que coloquem em risco a saúde da mãe e do bebê.
Nesse caso, um grande fator de risco é a gestação gemelar ou quando o feto é muito grande. Além disso, o excesso de líquido amniótico também pode trazer um risco para um parto mais longo. Isso acontece porque a musculatura do útero entra em uma situação de fadiga.
Vale ressaltar que qualquer alteração que possa mudar a estrutura do útero é um fator de risco. Em casos de mulheres com miomas uterinos, a remoção ou curetagem podem ser as responsáveis por mudanças na arquitetura do útero.
O uso de medicamentos para o tratamento de pré-eclâmpsia também podem afetar as contrações uterinas após o parto.
Os principais sintomas da atonia uterina são:
• Sangramento vaginal prolongado ou excessivo após o parto;
• Hemorragia constante ou em coágulos;
• Dores nas costas;
• Hipotensão (pressão baixa);
• Batimentos cardíacos acelerados;
• Pele fria, úmida e pálida;
• Tontura;
• Sensação de desmaio.
Os sinais da doença surgem pela perda excessiva de sangue, que costuma ser identificada pelo médico obstetra logo após o parto, seja normal ou cesárea. Para evitar maiores complicações, o tratamento deve ser iniciado assim que surgem os primeiros sintomas.
O diagnóstico é confirmado por meio de um exame físico realizado pelo médico. Ele deve realizar o toque vaginal, com o objetivo de verificar se o útero está alterado, com tecido mais mole e fraco, além de sangramentos.
Quando há normalidade, o útero tende a ficar mais firme logo após o parto.
Algumas ações podem ser realizadas pelo médico ao identificar um caso de atonia uterina, como: uma massagem no útero, uso de medicamentos, uso de tampão ou gaze, balão de Bakri, sonda vesical, procedimento cirúrgicos, entre outros.
O obstetra é o médico responsável pela realização do tratamento adequado para atonia uterina. Dentre os principais procedimentos estão:
O tratamento medicamentoso é indicado para promover a contração do útero. A Ocitocina, por exemplo, é aplicada na veia ou no músculo da paciente. Já a Merilersonovina é aplicada via intramuscular e isso deve ser feito a cada 2 ou 4 horas.
Outro remédio é o Carboprost, que deve ser dado em no máximo 7 doses e é aplicado diretamente no músculo. Por fim, há o Misoprostol, inserido na paciente por via retal.
Vale destacar que a paciente precisará de reposição de líquidos perdidos e isso acontece através da aplicação de soro. Em casos mais graves de hemorragia, pode ser preciso efetuar uma transfusão de sangue.
Como citamos anteriormente, o tamponamento uterino pode ser realizado para redução da hemorragia. O procedimento é feito com o uso de uma gaze dentro do canal vaginal ou por meio de um balão Bakri inserido no útero e inflado posteriormente.
De qualquer modo, o médico precisa colocar uma sonda vesical pela uretra até que chegue na bexiga. O objetivo é facilitar o processo de drenagem da urina.
Quando se esgotam todas as possibilidades de tratamento e não há resultados positivos para que a hemorragia pare, pode ser preciso realizar uma cirurgia. Ela pode ser feita pelo próprio médico responsável pelo parto.
As técnicas para a operação podem envolver a curetagem uterina, com a intenção de remover restos de placenta.
Em casos mais severos, o profissional pode indicar a realização da retirada do útero e do colo de útero, uma opção eficiente para resolver o problema de hemorragia.
A atonia uterina é um problema que pode trazer sérias consequências para a mamãe e também para o bebê. Por isso, identificar fatores de risco, como múltiplas gestações, trabalho de parto prolongado, distensão uterina excessiva e histórico de atonia uterina, ajuda a planejar intervenções preventivas.
A identificação imediata da ausência de contração uterina após o parto é essencial. A palpação do útero e a avaliação de sangramento são medidas iniciais importantes.
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