Ultrassonografia no acompanhamento de nódulos tireoidianos: quando se preocupar? - Nancy & Gasparini

Ultrassonografia no acompanhamento de nódulos tireoidianos: quando se preocupar?

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Os nódulos tireoidianos são alterações relativamente comuns, especialmente em mulheres e em pessoas com mais de 40 anos. Apesar de a maioria desses nódulos ser benigna, é natural que surjam dúvidas com o seu surgimento.

É nessa situação que a ultrassonografia é um exame importante  para o monitoramento dessas alterações. Mas afinal, quando é preciso se preocupar?

Neste artigo, falaremos sobre como a ultrassonografia contribui para avaliar os nódulos tireoidianos. Para saber mais, continue a leitura!

O que são nódulos tireoidianos e como surgem?

Os nódulos tireoidianos são massas ou "caroços" que se formam na glândula tireóide, localizada na parte frontal do pescoço. Eles podem variar de tamanho, forma e consistência, sendo detectados por exames de imagem, como a ultrassonografia, ou até pelo toque, em casos mais evidentes.

Essas alterações são bastante comuns, especialmente em mulheres, pessoas com mais de 40 anos e aquelas que vivem em áreas com baixa ingestão de iodo. Na maioria dos casos, os nódulos são benignos e não causam sintomas, sendo descobertos de forma incidental.

Os principais fatores que contribuem para o surgimento de nódulos tireoidianos são:

Deficiência de iodo: a falta de iodo na dieta pode levar ao aumento da tireóide (bócio) e à formação de nódulos.

Histórico familiar: casos de nódulos ou outras condições tireoidianas na família podem aumentar o risco.

Alterações hormonais: desequilíbrios nos hormônios tireoidianos, como hipertireoidismo ou hipotireoidismo, podem estar associados ao aparecimento de nódulos.

Exposição à radiação: exposição à radiação na região do pescoço, especialmente na infância, aumenta o risco de formação de nódulos.

Envelhecimento: o avanço da idade está relacionado a uma maior prevalência de nódulos, muitas vezes devido a mudanças naturais no tecido da tireoide.

Embora a maioria dos nódulos seja inofensiva, é muito importante acompanhar seu comportamento ao longo do tempo, principalmente com exames como a ultrassonografia, para garantir um diagnóstico preciso e identificar eventuais alterações preocupantes.

A importância da ultrassonografia no diagnóstico de nódulos 

Como sabemos, o diagnóstico precoce é imprescindível para qualquer doença e isso pode ser conquistado por meio de exames de rotina. 

A ultrassonografia é o principal exame de imagem utilizado no diagnóstico e acompanhamento de nódulos tireoidianos. Trata-se de um método seguro, indolor e não invasivo, capaz de fornecer informações detalhadas sobre o tamanho, forma, localização e características internas dos nódulos.

Com o ultrassom, é possível identificar sinais que diferenciam nódulos benignos e suspeitos, como calcificações, bordas irregulares e vascularização anormal. Além disso, o exame auxilia na decisão de realizar uma biópsia aspirativa (PAAF) e no monitoramento de nódulos ao longo do tempo. 

Quais são os sinais de alerta em nódulos tireoidianos?

Como citamos anteriormente, a maioria dos nódulos tireoidianos são benignos, mesmo assim, alguns sinais de alerta podem indicar a necessidade de uma avaliação mais detalhada. O principal objetivo é identificar possíveis riscos de malignidade, que ocorre em uma pequena porcentagem dos casos.

Entre os sinais mais importantes, estão:

  • Rápido crescimento do nódulo

  • Presença de calcificações ou bordas irregulares;

  • Alterações na voz ou rouquidão;

  • Dificuldade para engolir ou respirar;

  • Histórico familiar de câncer de tireoide;

  • Exposição prévia à radiação.

    Além disso, nódulos endurecidos ou fixos à palpação podem ser mais preocupantes do que aqueles moles e móveis. Caso algum desses sinais esteja presente, é importante consultar um médico especialista, como um endocrinologista, para avaliação e possível solicitação de exames adicionais, como biópsia aspirativa por agulha fina (BAAF).

    Ultrassonografia para nódulos tireoidianos: como o exame é realizado?

    A ultrassonografia de tireoide é um exame simples, rápido e indolor, realizado com o paciente deitado, com o pescoço levemente estendido. Um gel é aplicado na região do pescoço, e o transdutor do aparelho desliza sobre a área para capturar imagens detalhadas da glândula tireóide.

    O exame permite avaliar o tamanho, a forma, a localização e as características internas dos nódulos tireoidianos, como presença de líquido, calcificações ou vascularização. É um método  importante para diferenciar alterações benignas de possíveis malignidades.

    Por ser não invasivo e seguro, pode ser repetido periodicamente para acompanhar alterações nos nódulos.

    Considerações finais

    A ultrassonografia desempenha um papel fundamental no diagnóstico e acompanhamento de nódulos tireoidianos, sendo ideal para monitorar alterações na glândula e garantir que o tratamento adequado seja adotado quando necessário. Embora a maioria dos nódulos seja benigna, a detecção precoce e o acompanhamento regular por meio da ultrassonografia ajudam a identificar sinais de alerta que podem indicar a necessidade de investigação adicional, como biópsias.

    Com a precisão do exame, é possível avaliar o comportamento dos nódulos ao longo do tempo e reduzir os riscos associados a diagnósticos tardios, garantindo uma abordagem mais eficaz e personalizada para cada paciente. Portanto, é fundamental que pessoas com nódulos tireoidianos realizem o acompanhamento regular, sempre seguindo as orientações médicas.

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    Por Bartira Araújo em 22/11/2024