Vale destacar que a tecnologia e a inovação têm sido fortes aliadas da prevenção e do tratamento dessa doença. Afinal, as ferramentas utilizadas permitem diagnósticos mais precisos.
Neste artigo, falaremos mais sobre esse tema, mostrando os progressos obtidos com a tecnologia, sua importância e as principais soluções. Para saber mais, continue a leitura!
Outubro Rosa é uma campanha iniciada na década de 1990 nos Estados Unidos e que acabou ganhando espaço em todo o mundo. Ela é realizada com o intuito de alertar a população sobre a importância de prevenir e encontrar o diagnóstico adequado para o câncer de mama.
Com isso, o mês de outubro é todo dedicado a essa causa, contando com ações, promoções e todo tipo de divulgação.
A escolha pela cor rosa teve início após sua utilização na Fundação Susan G. Komen for the Cure. Isso aconteceu porque o laço dessa cor passou a ser distribuído em uma “Corrida pela Cura”, realizada em Nova York na mesma década.
Com o passar do tempo o símbolo continuou ganhando destaque, já que aparecia em diversas ações espalhadas pelo mundo, inclusive aqui no Brasil.
O processo de prevenção e tratamento de câncer de mama passa diretamente pelos avanços da tecnologia. O tratamento da doença leva em consideração uma série de fatores, como a progressão do tumor, características biológicas e condições clínicas do paciente.
Atualmente, o tratamento pode ser feito por meio de uma cirurgia de remoção do tumor ou até mesmo do seio da paciente ou uma terapia sistêmica, como realização de sessões de quimioterapia, hormonioterapia, entre outros.
No caso das cirurgias, a tecnologia trouxe soluções para procedimentos menos invasivos e mutiladores. Isso permite menos dor ao paciente, além de menor perda sanguínea. Da mesma forma, o uso de analgésico diminui, assim como o tempo de internação.
O ponto negativo é que essa é uma inovação ainda inacessível para boa parte das pessoas, já que se trata de algo com alto custo. Em contrapartida, a velocidade que as coisas acontecem, permite que o procedimento se torne mais acessível com o passar dos anos.
Outro avanço importante é o atendimento personalizado. Afinal de contas, até pouco tempo atrás, os únicos tratamentos existentes para o câncer de mama eram: cirurgias, quimioterapias e radioterapias. Hoje, há a possibilidade do direcionamento de um tratamento que envolva inibidores da tirosina quinases, além de imunoterapia, iodoterapia, entre outros.
Além disso, outras abordagens complementam o tratamento, como o acesso a fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, entre outros. Essas ações dão aos pacientes uma melhor qualidade de vida e uma experiência mais completa.
O processo de quimioterapia também tem sofrido os impactos da tecnologia e da inovação. Isso tem acontecido porque os inibidores, como o CDK 4/6, por exemplo, são usados para retardar o início das sessões. Além disso, o uso de assinatura genética permite que seja feito um estudo do caso para a escolha do melhor quimioterápico.
Com a quimioterapia personalizada, é possível reduzir o número de aplicações, fazendo com que a terapia alvo alcance apenas as células adoecidas, evitando comprometer as saudáveis, além de outros órgãos do corpo.
Todo esse processo faz com os medicamentos sejam menos agressivos e o tratamento seja mais tranquilo, com menos efeitos colaterais, como as náuseas e a queda de cabelo, por exemplo.
A área radiológica também tem sido muito impactada e beneficiada com a tecnologia. Hoje, as clínicas contam com equipamentos mais modernos e sofisticados, inclusive com o uso de inteligência artificial.
As máquinas mais novas permitem o acesso à imagens com melhor qualidade, possibilitando diagnósticos mais assertivos, fazendo com que os médicos possam antecipar possíveis metástases e recidivas.
Já no caso das sessões de radioterapia, a precisão dos novos equipamentos fazem com que os médicos consigam efetuar as aplicações no local exato, tratando apenas a área com o câncer e mantendo a conservação dos órgãos e tecidos próximos.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), tanto no Brasil quanto no mundo, o câncer de mama é o segundo que mais afeta as mulheres, sendo responsável por 29% dos casos anualmente.
Esses números deixam claro a importância da conscientização do diagnóstico precoce. Afinal, quanto antes for descoberta, mais chances de cura tem a doença. Por isso, é imprescindível que toda mulher faça exames anualmente para identificar qualquer problema.
A descoberta da doença passa por três etapas: o exame clínico, os exames de imagem e uma análise histopatológica. Normalmente, as pacientes buscam esse atendimento após apresentar os primeiros sinais da presença da doença.
Dessa forma, o primeiro passo é a educação de mulheres e profissionais da saúde acerca do câncer de mama. Isso significa que esses grupos precisam estar atentos aos sinais e sintomas que a doença apresenta. Com isso, a palpação das mamas se torna extremamente importante, mas que ainda depende de exames complementares nas mamas, como a tomossíntese mamária, por exemplo.
Os últimos anos têm sido palco de grandes avanços da tecnologia no que diz respeito à luta contra o câncer de mama. Mas não estamos falando apenas de uma evolução que envolve os equipamentos, mas também de uma maior conscientização por parte da população.
Iniciativas como o Outubro Rosa contribuem para que as mulheres procurem ajuda médica e façam seus exames com regularidade. Esse é o primeiro passo para aumentar as chances de cura em até 90%.