Síndrome de HELLP: o que é e como diagnosticar - Nancy & Gasparini

Síndrome de HELLP: o que é e como diagnosticar

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A Síndrome de HELLP é uma complicação durante a gestação que tem como maior problema, a destruição das hemácias, além do aumento nas enzimas do fígado e redução das plaquetas no sangue.

O mais comum é que esse problema surja com 28 semanas de gravidez. Por isso, é muito importante que a gestante fique atenta a todos os sinais.

Neste artigo, falaremos sobre essa doença, como ela surge, os principais sintomas, diagnóstico e tratamento adequado. Para saber mais, continue a leitura!

O que é Síndrome de HELLP?

A Síndrome de HELLP é uma condição ligada diretamente à hipertensão durante a gestação. Ela pode provocar danos graves e vários órgãos da paciente. Por isso, em caso de suspeita, é imprescindível procurar ajuda médica quanto antes.

Em resumo, essa síndrome é uma forma severa de pré-eclâmpsia, com destruição de células sanguíneas, elevação de enzimas hepáticas e redução na contagem de plaquetas. Essas questões podem influenciar na coagulação do sangue.

Com esse cenário, a gestante pode ter complicação graves, causando consequências também para o bebê. Caso não seja tratada de maneira adequada, a Síndrome de HELLP pode evoluir para eclâmpsia, podendo chegar a mortalidade.

Sintomas da Síndrome de HELLP

Boa parte dos sintomas da Síndrome de HELLP podem ser confundidos com uma eclâmpsia mais grave. Por isso, é muito importante procurar ajuda médica assim que os primeiros sinais surgirem.

Normalmente, os primeiros sintomas são:

• Dor na parte alta ou central do abdome;

• Náuseas;

• Vômitos;

• Dor de cabeça;

• Mal-estar generalizado.

Quando o médico não faz uma avaliação correta, os sintomas podem passar despercebidos, já que náuseas e vômitos fazem parte de uma gestação. Nesses casos, a paciente pode ter o quadro agravado, chegando a um edema agudo nos pulmões, falência cardíaca, insuficiência, renal, entre outros. Nesse cenário, tanto o bebê quanto a mãe correm risco de morte.

Fatores de risco

Os fatores de risco dependem de cada caso, considerando o histórico familiar e a idade da paciente. Dentre os fatores mais comuns estão:

Uso de substâncias que causam dependência:

• Desnutrição;

• Inalação de fumo em espaços fechados;

Sobrepeso ou obesidade;

• Histórico de doenças cardiovasculares;

• Diabete;

• Doenças pulmonares;

• Doença renal e/ou hepática crônicas.

Conhecer todos esses fatores é essencial para saber em que momento pedir ajuda médica. Além disso, é muito importante que a gestante faça o pré-natal corretamente, se atentando aos hábitos de vida.

Diagnóstico e exames necessários

A análise clínica é o principal pilar do diagnóstico da Síndrome de HELLP. Além disso, o obstetra pode solicitar exames laboratoriais para confirmar as supeitas. Para isso, é preciso avaliar os principais sintomas apresentados pela paciente, como cefaléia, dor abdominal, sangramentos, pressão alta, entre outras.

O exame de sangue é indicado para a detecção de alterações no funcionamento dos órgãos, pois avalia se há elevação de enzimas hepáticas, hemólise ou contagem baixa de plaquetas.

A gestante precisa manter um acompanhamento regular para evitar esse tipo de problema, principalmente se houver um histórico de pressão alta. Dessa forma, o obstetra precisa avaliar cada caso individualmente, visando realizar um tratamento personalizado.

Qual a relação da Síndrome de HELLP e da pré-eclâmpsia?

Em suma, a Síndrome de HELLP é uma forma mais grave da pré-eclâmpsia, uma doença conhecida por afetar tanto a mãe quanto o bebê. Essa condição pode surgir após 20 semanas de gestação, afetando a pressão arterial.

Embora seja uma complicação grave, ela é mais incomum do que parece. Conforme a OMS, apenas 1% das gestantes apresentam essa condição.

Tratamento

A Síndrome de HELLP é uma complicação grave da gravidez, caracterizada por hemólise (destruição de glóbulos vermelhos), elevação das enzimas hepáticas e baixa contagem de plaquetas. O tratamento imediato é essencial para preservar a saúde da gestante e do bebê.

A medida principal envolve a interrupção da gestação, geralmente por meio de parto induzido ou cesariana, conforme a gravidade do caso e o estágio da gravidez. Antes do parto, pode-se administrar corticoides para amadurecimento pulmonar do bebê, quando possível.

Além disso, o manejo clínico inclui suporte intensivo para estabilizar a pressão arterial com anti-hipertensivos e correção de alterações hematológicas, como transfusões de plaquetas, se necessário.

A monitorização rigorosa em ambiente hospitalar é fundamental para prevenir complicações graves, como insuficiência hepática, renal ou hemorragias. O acompanhamento pós-parto também é necessário, pois a recuperação total pode levar semanas.

Lexa: caso de pré-eclâmpsia e Sídrome de HELLP

Na tarde do último dia 10, a cantora Lexa revelou ter perdido sua filha três dias após o nascimento. O parto aconteceu no início de fevereiro e no dia 5 foi constatado o falecimento da criança.

Desde janeiro, da cantora estava internada por conta do diagnóstico de pré-eclâmpsia e Síndrome de HELLP. De acordo com seu relato, tanto ela quanto sua filha Sofia ficaram internadas para o tratamento adequado, entretanto, por ser prematura, a criança passou por problemas de saúde ao nascer.

Considerações finais

A Síndrome de HELLP é uma condição grave que exige diagnóstico precoce e intervenção imediata para proteger a vida da mãe e do bebê.

A interrupção da gestação é geralmente necessária, além de suporte clínico intensivo para estabilização dos sintomas. O acompanhamento pós-parto é essencial para a recuperação completa. A conscientização sobre os sinais de alerta e o pré-natal adequado são fundamentais para reduzir os riscos dessa complicação obstétrica.

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Resumindo

Como diagnosticar síndrome HELLP?

Para identificar a Síndrome de HELLP é preciso avaliar o histórico da paciente, os níveis de eletrólitos, creatinina, antitrombina, haptoglobina, entre outros. Além disso, o uso de exames de imagem, como a ultrassonografia do abdome e a tomografia podem contribuir para o diagnóstico.

O que provoca a síndrome de HELLP?

Sobrepeso, obesidade, diabete e doenças reumatológicas são os principais fatores de risco para o surgimento dessa Síndrome durante a gestação.

A síndrome de HELLP mata?

Essa condição é uma forma mais grave da eclâmpsia, podendo causar a morte tanto da mãe quanto do bebê. Por isso é preciso fazer o pré-natal com atenção e se ficar de olho em quaisquer sintomas.




Por Equipe Nancy & Gasparini em 11/02/2025