Os hormônios progesterona e o estrogênio presentes durante o ciclo menstrual normal, aumentam muito no início da gravidez, e um novo hormônio, especial para a gravidez, chamado gonadotrofina coriônica humana, começa a ser produzido.
Mas quais são hormônios presentes desde o início da gravidez e responsáveis por tantas alterações no corpo feminino?
Nesse artigo conhecerá melhor todos esses hormônios.
A progesterona é um importante hormônio e responsável para a fecundação.
Ele prepara o revestimento do útero para a implantação do óvulo e atua como um relaxante muscular, evitando que o útero se contraia até o início do trabalho de parto.
Também está associado à irritabilidade do período pré-menstrual.
Ele também está presente durante a gravidez, razão pela qual mudanças de humor podem ser um efeito colateral.
O estrogênio ajuda a regular a progesterona, ao mesmo tempo, em que mantém o revestimento endometrial, vital para o desenvolvimento do bebê.
Acredita-se que o estrogênio promova um aumento no fluxo sanguíneo, de modo que o útero pressiona a bexiga, ocasionando na necessidade de urinar mais vezes.
O aumento do estrogênio na gravidez produz maior fluxo sanguíneo, beneficiando a pele, tornando-a mais brilhante e saudável.
A Gonadotrofina Coriônica Humana (HCG) é um hormônio que só é produzido durante a gravidez.
A faixa positiva nos testes de gravidez comprado em farmácia detectam esse hormônio na urina, comprovando uma gravidez.
Na gravidez os níveis HCG aumentam rapidamente, dobrando a cada poucos dias antes de atingir o pico nas primeiras oito a onze semanas.
Esse hormônio é importante porque altos níveis indicam que a placenta está sendo criada.
Há estudos que o nível elevado desse hormônio é o responsável pelos enjoos, que podem ser aumentados se houver uma gravidez de gêmeos ou múltiplos.
A produção de hormônio TSH produzida pela tireoide muda quando ocorre a gravidez.
Esses hormônios ajudam a regular o metabolismo de todas as células do corpo.
Na gravidez, esses hormônios da tireoide precisam aumentar para apoiar o neurodesenvolvimento e o desenvolvimento ósseo do bebê.
O TSH é produzido na glândula pituitária no cérebro e ajuda a regular outros hormônios da tireoide.
O aumento da Gonadotrofina Coriônica Humana e o estrogênio pode estimular ainda mais a tireoide, principalmente em gravidez de gêmeos.
Aos seis meses de gravidez o estrogênio e a progesterona continuam a aumentar para ajudar no crescimento do bebê.
Esses hormônios estimulam o hormônio estimulante de melanócitos.
Em algumas mulheres há o aparecimento da “máscara da gravidez”, também conhecida como melasma, que causa manchas marrons ou acinzentadas ao redor do rosto.
Também pode aparecer uma linha escura na barriga, chamada linha negra, e os mamilos escurecendo, com pintas e sardas.
O hormônio cortisol também aumenta durante a gravidez, e apesar de ser responsável por controlar o estresse e reduzir inflamações, ele é importante para o desenvolvimento do feto e pode ajudar a regular o metabolismo e controlar os níveis de açúcar no sangue.
Por outro lado, altos níveis de cortisol também podem estar associados ao aparecimento de estrias, problemas de pressão arterial e vermelhidão no rosto e nas bochechas.
O hormônio lactogênio placentário - HPL é secretado pela placenta e ajude o bebê a crescer.
É também um dos principais hormônios ligados à resistência à insulina durante a gravidez, que às vezes se desenvolve no segundo trimestre e pode levar ao crescimento excessivo do bebê.
A prolactina é um hormônio que estimula o desenvolvimento do tecido mamário para a lactação, cujo aumento ocorre no terceiro trimestre.
A produção de prolactina é maior no final da gravidez.
Embora o corpo não produza leite até que a progesterona e o estrogênio passam a agir após o nascimento, nessa fase é produzido o colostro, o primeiro leite que é feito durante a gravidez.
No final da gravidez, pode ocorrer refluxo ou azia, isso porque a progesterona faz relaxar o esfíncter na base do esôfago, fazendo com o alimento e o ácido estomacal voltem.
Após o parto, o corpo libera a placenta, bem como todos os hormônios que ela estava produzindo, como estrogênio, progesterona, relaxina, HCG e HPL.
Como o estrogênio e a progesterona ficam mais baixos no pós-parto, muitas mulheres começam a sentir tristeza.
É certo que aproximadamente 10% a 15% das mulheres passam a ter depressão pós-parto.
A amamentação libera a oxitocina, que é um hormônio produzido pelo hipotálamo e armazenado na hipófise posterior.
A ocitocina ajuda na liberação do leite durante a amamentação, mas como o hormônio pode estimular as contrações uterinas, algumas mulheres também podem sentir cólicas dolorosas durante a amamentação.
As mudanças de humor que ocorrem durante a gravidez são muito comuns.
Isso ocorre por conta estrogênio e progesterona, além do mau-humor, pode desencadear outros efeitos colaterais como náusea e fadiga.
No entanto, quando as mudanças de humor são persistentes pode ser um sinal de ansiedade ou depressão.
Nesse caso, o médico deve ser informado quando ocorrer:
• Muita irritação
• Inquietação ou problemas para se concentrar
• Sentimento de medo ou pânico
• Mudanças nos hábitos alimentares ou de sono
• Palpitações cardíacas, respiração rápida ou tensão muscular
• Pensamentos destrutivos
Importante tomar medidas para a proteção da saúde mental para transcorrer uma gravidez tranquila.
Em síntese, a gravidez é responsável não só pela mudança no corpo feminino, mas alteração no humor.
Nos primeiros três meses de gravidez o fluxo sanguíneo aumenta e passa a fluir mais rápido por conta da presença de inúmeros hormônios.
Um hormônio que está presente somente na gravidez é a Gonadotrofina Coriônica Humana (HCG), sendo ele responsável pela formação da placenta.
Por este motivo, saber lidar com todas as mudanças hormonais que ocorrem durante a gravidez é de suma importância para o corpo e para a mente da gestante.
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