Um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas é a pressão alta. Esse é um problema de saúde que afeta milhões de pessoas, inclusive mulheres durante a gravidez. Por isso é importante realizar o pré-natal corretamente para prevenir a hipertensão gestacional.
De acordo com o Ministério da Saúde, as alterações hipertensivas no período gestacional podem levar a mãe e o bebe a terem complicações mais severas. Pensando nisso, neste artigo, falaremos mais sobre esse assunto, mostrando os sintomas e o tratamento adequado. Para saber mais, continue a leitura!
O que é hipertensão gestacional?
A hipertensão gestacional se caracteriza pelo aumento da pressão arterial, podendo trazer complicações para a saúde tanto da mamãe quanto do bebê.
Vale destacar que, para ser considerada hipertensa, a mulher grávida deve estar com a pressão arterial acima de 140/90 mmHG, conhecida também como 14 por 9.
É muito importante que a gestante faça os exames de acompanhamento corretamente para evitar maiores complicações, levando essa fase de forma tranquila e segura.
Quais são os tipos de hipertensão na gravidez?
Durante a gestação, a hipertensão pode acometer a mulher das seguintes formas:
Hipertensão preexistente
Ocorre quando a paciente já é diagnosticada com o problema de maneira crônica, antes mesmo da gestação. Mas também pode ser considerada uma hipertensão preexistente quando o diagnóstico acontece até a 20ª semana da gravidez.
Os médicos consideraram como preexistente por ser uma condição que provavelmente já existia na vida da mulher, mas ela apenas não sabia.
Para chegar a esse diagnóstico, o médico faz duas medições na paciente. Nesse caso, é preciso que sejam realizadas em momentos diferentes e com pelo menos um intervalo de quatro horas entre elas.
Na primeira metade da gestação, pode haver um descenso fisiológico, dificultando a identificação do problema de hipertensão.
Pré-eclâmpsia e eclâmpsia
Após a 20ª semana de gravidez, um novo diagnóstico pode surgir: a pré-eclâmpsia. Essa condição ocorre juntamente com outros problemas, como a perda de proteínas na urina, por exemplo. Normalmente, essa doença está ligada a uma diminuição no número de plaquetas no sangue da paciente ou até mesmo a problemas do sistema renal, hepático ou nervoso.
Essa é uma questão que precisa ser identificada com rapidez, já que pode se tornar uma eclâmpsia, levando a um quadro grave, com risco de morte para a mãe e o bebê.
Quais são as causas da hipertensão gestacional?
Não há uma única causa para o surgimento da hipertensão, sendo considerada uma condição multifatorial. Dessa forma, uma das principais razões para a alta na pressão arterial é uma alimentação desequilibrada. Isso significa o excesso de consumo de sal e gordura.
O sedentarismo e o estresse são fatores de risco para o problema, inclusive para as gestantes. É mais comum que pacientes com hipertensão moderada tenham chances de desenvolver a eclâmpsia.
No caso da pré-eclâmpsia, o surgimento pode ser mais comum em casos de gestações múltiplas ou no caso da primeira.
Fatores de risco
Como citamos anteriormente, existem diversos fatores que contribuem para o surgimento da hipertensão gestacional, são alguns deles:
• Primeira gravidez;
• Gravidez antes dos 20 anos ou acima dos 40;
• Gravidez múltipla (ocorre quando há mais de um bebê);
• Histórico de pré-eclâmpsia na família;
• Hipertensão arterial crônica;
• Sobrepeso ou obesidade;
• Diabetes mellitus tipo 2 ou Diabetes gestacional;
• Doença renal;
• Anomalias e demais distúrbios congênitos;
• Ser resistente à insulina;
• Doença autoimune.
Principais sintomas da hipertensão gestacional
Cada paciente pode apresentar uma variação de sintomas da hipertensão gestacional. Alguns são mais comuns e podem indicar o problema, são eles:
• Dor de cabeça;
• Dor abdominal;
• Inchaço no corpo;
• Náuseas;
• Vômitos;
• Redução dos movimentos do bebê por mais de 24 horas;
• Sensibilidade à luz;
• Visão turva ou embaçada;
• Sangramentos vaginais;
• Ganho excessivo de peso;
• Retenção de líquido;
• Convulsões.
Como tratar a hipertensão na gravidez?
O tratamento da hipertensão gestacional precisa envolver diversas medidas. No caso de uma condição leve, a paciente pode ter uma dieta mais rica em ácido fólico e com menos consumo de sal.
No que diz respeito aos medicamentos, o médico pode receitar um anti-hipertensivo ou betabloqueador. Mas é preciso realizar um acompanhamento da gestante durante todo o período, de preferência com consultas semanais.
A pressão deve ser verificada todos os dias e durante as visitas ao médico, pode ser necessário realizar exame de urina.
Para os casos mais graves de hipertensão na gravidez, pode ser preciso repouso absoluto, além dos tratamentos já indicados.
Considerações finais
A gravidez é um período de muitas descobertas para as mulheres, mas que também envolve muitos cuidados. Afinal de contas, é preciso realizar o pré-natal corretamente para identificar quaisquer problemas de saúde ou anomalias no bebê.
Netsa fase, a saúde da mulher também é muito importante e, uma das doenças que pode surgir é a hipertensão gestacional. Caso não seja diagnosticada e tratada corretamente, pode ser prejudicial para a mãe e para o bebê.
Por essa razão, é imprescindível realizar todos os exames solicitados pelo médico, fazendo acompanhamento durante e depois do parto.