Gravidez molar: entenda - Nancy & Gasparini

Gravidez molar: entenda

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Inicialmente cumpre informar que a gravidez molar é uma condição rara.

Ela ocorre em decorrência do crescimento incomum de células trofoblastos.

Trata-se de células fazem parte da placenta, onde na gravidez molar a placenta não se forma normalmente.

A placenta é responsável por fornecer nutrição e oxigênio ao feto, bem como por remover os resíduos

metabólicos e o dióxido de carbono gerados por ele.

Uma gravidez molar ocorre quando um óvulo e um espermatozoide se unem incorretamente na fertilização e criam um tumor não canceroso.

O tumor se parece com pequenos sacos cheios de água, semelhantes a um cacho de uvas.

Em muitos casos a gravidez não prospera e ocorre um aborto espontâneo.

Caso isso não ocorra, infelizmente é necessária uma cirurgia.

Se não for tratada, pode causar complicações graves.

Tipos de gravidez molar

Há dois tipos: completa e a parcial.

Gravidez molar completa

Numa gravidez molar completa, o tecido placentário incha e parece formar cistos cheios de líquido, não havendo feto.

Nessa gravidez ocorre quando um espermatozoide fertiliza um óvulo vazio.

Como o óvulo está vazio, o embrião não consegue crescer.

O tecido placentário cresce, mas é anormal e contém cistos (ou tumores) cheios de líquido.

Este tecido produz o hormônio da gravidez HCG (gonadotrofina coriônica humana), produzido por uma placenta saudável durante a gravidez.

Desse modo, há uma gravidez, porém sem feto.

Gravidez molar parcial

Já a gravidez molar parcial ocorre quando uma placenta anormal se forma com um embrião e dois espermatozoides fertilizam um óvulo.

O embrião pode começar a se desenvolver, mas geralmente não consegue sobreviver.

Pessoas propensas a desenvolverem gravidez molar

Qualquer pessoa pode ter uma gravidez molar.

No entanto, algumas pessoas são mais propensas. São elas:

• Ter menos de 20 anos

• Ter mais de 40 anos

• Ter histórico de gravidez molar

• Teve dois ou mais abortos espontâneos

• São de ascendência asiática

Importante ressaltar que essa gravidez pode ocorrer 1 em cada 1.000 mulheres.

Gravidez gemelar

É raro ocorrer uma gravidez gemelar no qual há bebê com desenvolvimento normal e uma gravidez molar ao mesmo tempo.

Para muitas mulheres, é possível que a gravidez continue.

De outra parte, se houver complicações, a orientação que a gravidez não prossiga.

Causas

A gravidez molar é um desequilíbrio de cromossomos.

Em uma gravidez típica, o feto recebe 23 cromossomos do pai e o mesmo número da mãe.

Numa gravidez molar completa, o óvulo não contém cromossomos.

Por outro lado, na gravidez molar parcial o óvulo é fecundado por dois espermatozoides, totalizando 69 cromossomos somado aos 23 cromossomos da mãe.

Por esse erro genético, a gravidez acaba não prosperando.

Sintomas

Esse tipo de gravidez pode não apresentar sintomas.

No entanto, algumas pessoas podem apresentar:

• Sangramento vaginal nos primeiros três meses de gravidez

• Náuseas e vômitos intensos

• Cistos

• Pressão arterial alta (pré-eclampsia)

• Níveis anormalmente altos de HCG

• Inchaço abdominal

• Anemia

Diagnostico

O diagnóstico ocorre logo nos exames iniciais do pré-natal.

Por meio do ultrassom, por volta das 8 a 14 semanas de gravidez, é possível localizar sacos cheios de

líquido em vez de uma placenta.

Com isso, é possível detectar que não há embrião ou feto no útero.

Um ultrassom de uma gravidez molar parcial pode mostrar:

• Um feto menor que o esperado

• Líquido amniótico baixo

• Placenta que parece incomum

Também é possível analisar o nível HCG no sangue.

Uma placenta saudável produz HCG durante a gravidez.

Nas gestações molares, o HCG é produzido em níveis anormalmente elevados.

Algumas pessoas não apresentam sintomas, descobrindo essa condição somente quando da

realização dos exames do pré-natal.

Tratamento

A gravidez molar deve ser interrompida logo que detectada podendo causar complicações.

Por meio da cirurgia todo tecido anormal do útero é removido.

Em alguns casos, são usados ​​medicamentos para ajudar o útero a se contrair e expelir o

tecido, de modo a evitar eventual cirurgia.

Em casos muito raros, é necessária uma histerectomia ou remoção cirúrgica do útero.

Se após a remoção do tecido do útero os níveis de HCG permanecerem alterado já indica

que ocorreu uma complicação grave.

A principal complicação que pode decorrer é o câncer denominado coriocarcinoma.

O coriocarcinoma se forma no útero e pode se espalhar para outras partes do corpo e requer tratamentos com quimioterapia.

A não diminuição dos níveis de HCG já é um indicativo que deverá iniciar o tratamento com quimioterapia.

Outras complicações que pode ocorrer são:

• Infecção do sangue

• Infecção uterina.

• Pressão muito alta

• Choque (pressão arterial muito baixa)

A gravidez molar não causa infertilidade.

No entanto, deve evitar uma futura gravidez por até três meses.

Isso permite que os níveis de HCG retornem aos níveis anteriores à gravidez.

Após a conclusão do tratamento para a gravidez molar, o acompanhamento para verificar os níveis de HCG deverá ocorrer por mais seis meses para garantir que não sobrou nenhum tecido molar.

Considerações finais

Inicialmente cumpre informar que a gravidez molar é uma condição rara.

A mulher parece estar grávida, mas o útero aumenta muito mais rápido que em uma gravidez normal.

Ela ocorre devido ao crescimento incomum de células trofoblastos que estão presentes na

placenta.

A gravidez molar ocorre quando um óvulo e um espermatozoide se unem incorretamente na fertilização e criam um tumor não canceroso.

Essa gravidez não tem condições de prosseguir e pode ocorrer um aborto espontâneo ou ser interrompida para evitar complicações grave como um câncer.

Por ser uma condição rara, algumas pessoas são mais propensas a terem esse tipo de gravidez como pessoas com mais 40 anos ou menos de 20 anos, que tenham tido histórico de gravidez molar e abortos espontâneos e descendência asiática.

O tratamento consiste na retirada do tecido do útero, por meio de cirurgia ou uso de medicamento capaz de expelir esse tecido, ou em casos graves a remoção do útero.

Após isso, deve ocorrer o acompanhamento do nível de HCG no sangue, onde caso não tenha abaixado, será necessário realizar um tratamento para combater um câncer, com uso de quimioterapia.

De todo modo, a descoberta ocorre nos exames de pré-natal ou quando acontece aborto espontâneo.

O acompanhamento médico após o tratamento é essencial para o sucesso de uma nova gravidez saudável.

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Por Equipe Nancy & Gasparini em 10/05/2024