Você sabe o que é exterogestação? Essa expressão pode ser explicada como uma gravidez que ocorre fora do útero. Afinal, o prefixo “extero” significa “externo” ou “fora”
Essa é uma teoria que indica que o primeiro trimestre do bebê fora do útero, devem ser considerados como uma parte da gestação. Neste artigo, falaremos mais sobre esse tema, mostrando quais as vantagens e os cuidados necessários com o pequeno. Para saber mais, continue a leitura!
De onde vem essa teoria?
A teoria teve início no século passado, tendo sido criada pelo antropólogo Ashley Montagu. A ideia ocorreu após a observação de diversas espécies, já que ele percebeu que os filhos humanos estão na lista dos que menos se desenvolvem após o nascimento.
Em uma comparação com outros filhotes de mamíferos, os bebês humanos demonstram ser mais dependentes dos pais no que diz respeito aos cuidados para sua sobrevivência. Assim, o desenvolvimento ocorre mais devagar, até que consigam fazer algumas coisas sozinhos, como se alimentar, andar, entre outros.
Dessa forma, a teoria de Montagu afirma que os primeiros meses de vida depois do parto, podem ser considerados como continuação da gestação. Isso significa que esse período seria essencial para a adaptação à vida fora do útero.
Como o bebê fica na exterogestação?
Quando o bebê ainda está no útero, o contato com a mãe é contínuo, incluindo a alimentação. Com isso, ele não sente falta de necessidades básicas, como fome ou sede, além de se manter aquecido.
Nesse caso, quando ele está fora do útero a sensação de segurança não é mais a mesma. Isso porque o bebê começa a sentir fome, frio, cólicas, além de precisar de cuidados com higiene, como banhos e a troca de fraldas.
Outro ponto importante é que agora, ele também precisa chorar para que os adultos entendam suas necessidades. Por isso, essa transição pode trazer muita insegurança para a criança.
Vantagens da exterogestação30
É preciso compreender que a transição do útero para o ambiente externo precisa ser tranquilo para a mamãe e também para o bebê. Essa é a forma mais segura de diminuir o estresse que o período pode causar. O processo de exterogestação também é importante para a diminuição das cólicas que a criança sente.
Quando ainda está no útero, o bebê tem a segurança de ficar o tempo todo em contato com a mãe, ficando mais tranquilo e dormindo bem. Já do lado de fora, as coisas mudam, trazendo mais insegurança.
Outra grande vantagem da exterogetação é o reforço do laço emocional entre o bebê e os pais.
Quanto tempo dura?
Não existe um tempo pré-definido, pois pode haver uma variação entre 3, 9 ou 18 meses. Mas boa parte dos médicos e pais entendem que o período mais aceito é o 4º trimestre, podendo durar de 3 a 4 meses após o nascimento.
Esse é o momento em que o bebê ainda está se ajustando e se habituando à vida fora do útero e todas as mudanças que esse processo traz. O período é imprescindível para o desenvolvimento dos sistemas respiratório, neurológico, digestivo, endócrino e circulatório.
O que fazer durante a exterogestação?
Para que a exterogestação seja bem realizada, as mamães e os papais precisam se atentar a alguns pontos, veja:
Relação entre a mãe e bebê
Como vimos, durante a gravidez, a relação entre a mãe e o bebê é integral, ou seja, uma ligação contínua. Após o nascimento, a criança precisa se sentir acolhida para não sentir tanto esse distanciamento.
Para minimizar os impactos, uma dica é sempre manter uma proximidade maior, seja pelo colo, sling ou canguru. Se possível, dance com ele ou até mesmo deixe que ele deite de bruços em cima do seu corpo.
Nos momentos em que ele estiver fora do colo, mantenha-se conversando com ele para o reconhecimento da sua voz.
Alimentação
No período dentro do útero, o bebê tem alimentação em grande demanda, já que ela ocorre por meio do cordão umbilical. Por isso, é importante manter o ritmo de amamentação sempre que ele quiser.
Fazer isso traz dois benefícios: uma boa nutrição e o conforto de estar próximo ao corpo da mãe. Mas não se assuste se o bebê quiser apenas se manter fazendo a sucção, já que isso é a apenas a réplica de um comportamento que ele já tinha dentro do útero.
Contato
O contato direto de mãe e bebê é importantíssimo nessa fase de exterogestação. Por isso, o toque é essencial nos primeiros dias após o nascimento. O ideal é que os pais estimulem esse sentido o máximo possível, apostando em abraços, massagens, carinhos etc.
Esse tipo de contato faz com que o bebê sinta os pais mais perto, trazendo mais segurança e tranquilidade para ele.
Sono
A hora de dormir também é um ponto que precisa de atenção. Afinal de contas, dentro do útero não há luz. Por isso, na hora de dormir, é importante deixar o mínimo de luminosidade possível no ambiente.
Considerações finais
A exterogestação é um período que necessita de muita adaptação, tanto dos pais quanto do bebê. Por isso, é muito importante se lembrar que ele acabou de sair do útero e que é preciso paciência.
Estimule o desenvolvimento do seu filho com calma e sempre se mantendo perto o suficiente para que ele se sinta acolhido.