O endométrio é o revestimento interno do útero.
Este tecido é eliminado durante o período menstrual.
O endométrio, por estar em camadas, se acumulam ao longo do revestimento interno do útero.
Neste sentido, quando ocorre a menstruação, essas camadas caem das paredes do útero e deixam o corpo.
Como apontado no início, a endometriose ocorre quando o tecido semelhante ao endométrio cresce em outros órgãos ou estruturas.
Este tecido pode crescer no abdômen, pelve e até intestino, sendo sensível aos hormônios, podendo inflamar durante o ciclo menstrual.
Ele pode causar cistos ovarianos, lesões superficiais, aderências (tecido que conecta os órgãos e os une) e
tecido cicatricial dentro do corpo.
Lugares onde a endometriose se desenvolve:
• Fora e atrás do útero
• Trompas de Falópio
• Ovários
• Vagina
• Peritônio
• Bexiga e ureteres
• Intestino
A endometriose pode afetar mulheres de 25 a 40 anos e os principais fatores de risco são:
• Histórico familiar
• Inicio da menstruação, no qual há um fator maior em mulheres que menstruaram antes dos 11 anos
• Duração do ciclo menstrual (menor tempo entre as menstruações) e a duração do fluxo (quantos dias de sangramento).
• Problemas no útero ou nas trompas de Falópio
Quando o tecido desenvolve em outras áreas do corpo como útero, trompas de Falópio, ovários, intestino e dentro da cavidade pélvica, pode causar dores.
Essa dor ocorre em razão do aumento da inflamação e também por conta da fibrose e aderências.
Além da dor, a endometriose pode ocasionar:
• Cólicas menstruais dolorosas
• Dor abdominal ou dor nas costas durante a menstruação, ou entre as menstruações
• Dor durante o sexo
• Sangramento intenso durante a menstruação
• Infertilidade
• Evacuações intestinais dolorosas
O diagnóstico da endometriose pode ocorrer por meio de um exame pélvico, acompanhado
de exames de imagem.
A ressonância magnética também pode ser solicitada para mapeamento adicional da endometriose.
Uma laparoscopia pode ser oferecida para diagnóstico e tratamento definitivo.
Está última, é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo realizado sob efeito de anestesia, no qual são inseridos pequenos tubos com uma microcâmera e os instrumentos que permitem a remoção dos focos de endometriose.
Uma biópsia é coletada durante este procedimento para confirmar o diagnóstico.
Diferente do ultrassom transvaginal comum, o ultrassom especifico para endometriose é hoje o padrão ouro para um diagnóstico preciso, seguro e sem a necessidade de submeter a paciente a cirurgia.
O ultrassom para endometriose, engloba a:
• ultrassonografia de abdome total,
• ultrassonografia de abdome inferior feminino,
• ultrassonografia de aparelho urinário feminino,
• doppler colorido de órgãos ou estruturas (inclui coração),
• ultrassonografia transvaginal (inclui abdome inferior feminino).
Ele é realizado por um médico especialista, preparado para encontrar micro lesões e pontos de fibroses pequeno, porque quando falamos de endometriose, qualquer lesão importa.
Por meio deste exame dedicado e específico é possível visualizar o tecido endometrial aderido ao intestino e em outras áreas próximas, proporcionando um diagnóstico mais preciso e rápido.
No entanto, é importante saber que caso a paciente precise de cirurgia, este exame guiará o médico-cirurgião na localização precisa de todas as lesões, incluindo aquelas minúsculas.
Após a realização do exame, o médico entregará, com o laudo, o mapeamento das lesões.
Este mapeamento é uma representação gráfica que indica a localização e a extensão das lesões causadas pela endometriose no corpo da paciente.
Trata-se de algo crucial para o planejamento do tratamento, pois permite ao médico entender melhor a extensão da doença e planejar a abordagem terapêutica mais adequada para cada caso.
O tratamento será baseado em alguns fatores, são eles:
• A gravidade da endometriose
• Eventual gestação
• Idade
• A gravidade dos sintomas
Os pacientes usam medicamentos para aliviar as dores, podendo incluir analgésicos e terapias hormonais.
Para diminuir a endometriose, os médicos podem utilizar:
• Controle de natalidade: as terapias hormonais podem ser utilizada em uma combinação usando estrogênio e progesterona ou opções somente de progesterona. Essas terapias podem ser por meio de pílulas anticoncepcionais orais, adesivo, anel vaginal, injeção – anticoncepcional, ou DIU. O tratamento hormonal ajuda geralmente as pessoas a terem períodos menstruais menos dolorosos.
• Medicamentos para hormônio liberador de gonadotrofina: esse hormônio interrompe os hormônios que causam o ciclo menstrual. Isso coloca o sistema reprodutivo em espera, aliviando as dores. Esse hormônio pode ser encontrado em pílula ou injeção.
• Medicamento Danazol: Esse medicamento que é hormonal interrompe a produção dos hormônios que causam a menstruação.
O uso regular desse medicamento ocasionalmente interrompe ou completamente interrompe os períodos menstruais.
Consideramos a endometriose uma doença crônica.
A cirurgia pode ajudar a aliviar as dores da endometriose, no entanto, mesmo após a cirurgia os sintomas podem retornar dentro de alguns anos.
A gravidade da endometriose pode influenciar na volta ou não dos sintomas.
As opções cirúrgicas para tratar a endometriose incluem:
• Laparoscopia: Essa cirurgia é inserido um tubo chamada laparoscópio no abdômen.
Por meio dele, será possível identificar a endometriose com uma câmera de alta definição e remover as lesões.
• Histerectomia: Dependendo da gravidade da doença será recomendado a retirada do útero.
Importante considerar que mesmo com a retirada do útero, as áreas de endometriose ainda
devem ser extirpadas para otimizar o alívio da dor.
Em alguns casos a endometriose pode desaparecer sozinha, sobre no período da menopausa, quando o corpo deixa de produzir o estrogênio.
No entanto, geralmente em razão da dor aguda, principalmente nos períodos menstruais, o tratamento
se faz necessário.
Além disso, complicações podem ocorrer se não cuidarmos da endometriose.
A doença pode ocasionar problemas intestinais ou na bexiga.
Isso pode incluir dor ao urinar ou evacuar, bem como presença de sangue nas fezes e urina.
Ela pode ocasionalmente afetar o pulmão ou o diafragma, o que pode causar falta de ar e dor no peito.
Nesse caso, consideramos a endometriose profunda e a forma mais grave quando o endométrio se instala em mais de 5mm do tecido em regiões do corpo.
Não há medidas de prevenção da doença, já que pode decorrer de histórico genético, todavia
alguns fatores podem contribuir para reduzir os risco da doença:
São elas:
• Gravidez
• Peso saudável
• Inicio tardio do período menstrual
Em suma, a endometriose é uma doença no qual o revestimento do útero cresce em outros locais do abdômen e da região pélvica, provocando dor intensa.
O tecido é sensível aos hormônios e pode inflamar durante o ciclo menstrual.
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da endometriose são: ausência de gravidez,
menstruação precoce, histórico familiar e problemas uterinos.
Infelizmente não há medidas de prevenção, uma vez que alguns fatores tendem a reduzir o risco do aparecimento da doença, como gravidez, alimentação, peso saudável.
O diagnóstico ocorre principalmente por meio de exame pélvico, acompanhado de exames de imagem.
Após um diagnóstico preciso, é possível a realização de laparoscopia, que é um procedimento cirúrgico que ocorre a retirada das lesões.
Os médicos precisam tratar e acompanhar a endometriose, pois se não a tratarem, ela pode causar grandes complicações, como em qualquer outra doença.
A endometriose pode causar problemas intestinais ou na bexiga. Portanto, os pacientes não devem ignorar qualquer dor e precisam procurar investigação médica.
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