No país, o número de transplantes de medula óssea ainda é muito baixo, o que torna essa doação ainda mais importante.
Neste artigo, falaremos mais sobre esse tema, mostrando como funciona a doação de cordão umbilical, quem pode ser beneficiado e como doar. Para saber mais, continue a leitura!
O processo de doação de cordão umbilical consiste em coletar o sangue presente tanto no cordão quanto na placenta. Isso deve ocorrer logo após o parto e é um procedimento que não causa dor nem à mamãe e nem ao bebê.
É importante ressaltar que o sangue obtido é rico em células-tronco hematopoiéticas, capazes de regenerar o sistema sanguíneo e imunológico de pacientes com doenças como leucemia, linfoma e anemia aplástica.
Outro ponto importante é que a coleta é feita imediatamente após o corte do cordão umbilical e o sangue é armazenado em bancos públicos ou privados, onde pode ser processado, congelado e disponibilizado para transplante. O procedimento é simples, não interfere no parto e segue protocolos rígidos para garantir a segurança e a qualidade do material doado.
A doação de cordão umbilical pode oferecer benefícios para diversas pessoas com doenças hematológicas, como, por exemplo: leucemias, linfomas, anemias hereditárias e imunodeficiências. Esse é o público-alvo principal, mas não o único. Afinal, as células-tronco presentes no sangue coletado podem substituir células doentes no organismo e estimular a produção de células sanguíneas saudáveis.
Dessa forma, o transplante pode beneficiar pessoas que não encontraram um doador compatível de medula óssea, já que o sangue do cordão possui menor risco de rejeição, além de possibilitar uma correspondência parcial entre o doador e o receptor.
O transplante pode ajudar adultos e crianças que tenham alguma dessas condições. Com isso, há maiores chances de cura e até mesmo remissão da doença.
Se você tem interesse em fazer a doação de sangue do cordão umbilical, saiba que é preciso procurar por hospitais credenciados ou instituições de saúde que realizem essa coleta. Esses locais encaminham o material para os bancos de sangue públicos e privados.
Para isso, é preciso que a gestante manifeste seu interesse, além de preencher um termo de consentimento. Durante o parto, logo após o nascimento do bebê, o cordão umbilical é cortado e o sangue coletado, sem nenhum prejuízo para a mamãe ou para o bebê.
O material coletado é então encaminhado para um banco de sangue de cordão, onde será analisado e congelado para uso futuro. Bancos públicos tornam o sangue disponível para qualquer paciente que precise de transplante, enquanto bancos privados armazenam para uso exclusivo da família.
Embora tanto a doação de sangue de cordão umbilical quanto a de medula óssea envolvam o transplante de células-tronco, existem diferenças importantes.
A coleta de células da medula óssea envolve um procedimento cirúrgico, enquanto a doação do sangue do cordão é feita de forma simples logo após o nascimento.
compatibilidade também é mais restrita na doação de medula, exigindo uma correspondência genética exata entre doador e receptor, enquanto o sangue do cordão possui maior flexibilidade na compatibilidade.
Além disso, a medula óssea é doada por indivíduos adultos, enquanto o sangue do cordão é coletado apenas durante o parto, sem necessidade de intervenção invasiva.
O sangue do cordão umbilical pode ser armazenado congelado em nitrogênio líquido a temperaturas muito baixas, que variam entre -196°C e -150°C. Nessas condições, o material pode ser preservado por períodos prolongados.
Alguns estudos demonstram que o sangue do cordão pode manter sua viabilidade por mais de 20 anos, desde que armazenado adequadamente em bancos especializados.
A viabilidade das células-tronco após o descongelamento é rigorosamente testada antes de serem utilizadas em transplantes. Portanto, mesmo após décadas, o sangue do cordão ainda pode ser uma opção eficaz para o tratamento de pacientes que necessitam de transplantes de células-tronco.
Em resumo, a doação de sangue do cordão umbilical é uma forma de salvar vida e que não traz nenhum risco para os doadores. Nesse caso, é aproveitado um material que normalmente seria descartado após o parto.
Dessa forma, o sangue coletado é uma fonte rica de células-tronco, que podem ser usadas em tratamentos de diversas doenças hematológicas e imunológicas. Além disso, o processo de doação é simples, seguro e indolor, não representando nenhum risco para a mãe ou o bebê.
É muito importante que as pessoas se conscientizem sobre a importância da doação, especialmente para bancos públicos. Afinal de contas, isso ajuda a aumentar as chances de pacientes encontrarem um doador compatível.
Essa é uma boa alternativa ao transplante de medula óssea, especialmente em casos onde há dificuldade em encontrar um doador compatível. O armazenamento prolongado do sangue do cordão também assegura que essa fonte de células-tronco continue disponível para uso por muitos anos.