Desvendando o linfoma: novos tratamentos - Nancy & Gasparini

Desvendando o linfoma: novos tratamentos

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O linfoma é um câncer do sangue que inicia nas células do sistema imunológico no qual são chamados de linfócitos.

Essas células estão nos gânglios linfáticos, baço e medula óssea.

Quando há presença do linfoma no organismo os linfócitos mudam e crescem descontroladamente.

Importante ressaltar que existem dois tipos de linfoma quais sejam: Não-Hodgkin e Hodgkin.

O linfoma mais comum é o não-Hodgkin.

Nesse artigo, analisaremos as principais causas do aparecimento dos linfomas, diagnóstico, bem como

os novos tratamentos.

Diferença entre linfoma, leucemia e linfedema

O linfoma não-Hodgkin e Hodgkin envolve diferentes tipos de células.

Cada tipo de linfoma cresce de forma diferente e também tem um tratamento específico.

O linfoma apesar de seu um câncer do sangue é diferente da leucemia.

Tanto o linfoma como a leucemia inicia em um tipo diferente de célula.

O linfoma começa nos linfócitos que combatem infecções.

A leucemia começa nas células formadoras de sangue dentro da medula óssea.

Também não é o mesmo que linfedema, pois se trata de acúmulo de líquido que se forma nos tecidos do corpo

quando há dano ou bloqueio no sistema linfático.

Causas do linfoma

Ainda não se sabe a causa do linfoma, no entanto, existem algumas condições médicas em que

as pessoas correm mais riscos a terem.

São eles:

• Ter 60 anos ou mais com linfoma não-Hodgkin

• Ter entre 15 e 40 anos ou mais de 55 anos para linfoma de Hodgkin

• Sexo masculino, apesar de aparecer também em mulheres

• Ter um sistema imunológico fraco devido ao HIV/AIDS, a um transplante de órgão ou porque nasceu com uma doença imunológica

• Ter uma doença do sistema imunológico, como artrite reumatoide, síndrome de Sjögren, lúpus ou doença celíaca

• Ter o vírus como Epstein-Barr, hepatite C ou leucemia

• Histórico genético

• Exposição a benzeno ou produtos químicos

• Ter tido linfoma Hodgkin ou não-Hodgkin no passado

• Ter passado por quimioterapia

Principais sintomas

Os principais sintomas são:

• Glândulas inchadas (gânglios linfáticos), geralmente no pescoço, nas axilas ou na virilha

• Tosse

• Falta de ar

• Febre

• Suor noturno

• Fadiga

• Perda de peso

• Coceira

Esses sintomas podem ser confundidos com outras doenças, por essa razão é importante um diagnóstico

preciso.

Diagnóstico

O diagnóstico ocorre por exame físico, incluindo uma verificação de gânglios linfáticos inchados.

Quando estão inchados, significa que pode ser câncer.

Por outro lado, apenas uma infecção, não relacionada ao câncer, pode fazer com que os gânglios linfáticos inchem.

Para o diagnóstico, será realizada uma biópsia de linfonodo para verificar se há células cancerígenas.

Para este teste, o médico removerá todo ou parte de um linfonodo, ou usará uma agulha para retirar uma pequena quantidade de tecido do linfonodo afetado.

Ainda é possível realizar exame de sangue e de imagem para a confirmação do

diagnóstico.

No exame de sangue será possível diagnostico quando:

• Hemograma completo para analisar diferentes tipos de glóbulos brancos

• Taxa de hemossedimentação para detectar inflamação que pode ser um sinal de linfoma

• Lactato desidrogenase (LDH) para detectar grande quantidade de “renovação” celular ou crescimento

• Testes de função hepática e renal

• Eletroforese de proteínas séricas para avaliar proteínas monoclonais, que são proteínas anormais produzidas pelas células plasmáticas

Nos exames de imagem é detectado:

• Tomografia para procurar sinais de linfoma, como gânglios linfáticos aumentados, baço ou outros órgãos

• Pet scan é um exame que mede as variações nos processos bioquímicos. Pode ajudar a mostrar se um gânglio linfático aumentado faz parte da doença ou se é uma alteração benigna

Tratamento

O tratamento varia conforme o tipo de linfoma.

Os principais tratamentos para o linfoma não-Hodgkin são:

• Quimioterapia - Uso de medicamento para combater as células cancerígenas

• Radioterapia - Uso de raios de alta energia para destruir células cancerígenas

• Imunoterapia - ativação do próprio sistema imunológico para o combate as células cancerígenas

• Terapia direcionada - trata-se de tratamento que tem como alvo aspectos das células do linfoma para

conter seu crescimento

Já para o tratamento do linfoma de Hodgkin são:

• Quimioterapia

• Radioterapia

• Imunoterapia

Ainda é possível realizar um transplante de células troncos.

Inicialmente é realizada quimioterapia, no qual mata as células cancerígenas, bem como as células-tronco da medula óssea que produzem novas células sanguíneas.

Após a quimioterapia, será realizado o transplante de células-tronco para substituir quais foram destruídas.

Esse transplante pode ocorrer de duas formas:

• Autogênico - é aquele no qual as células da medula óssea provêm do próprio indivíduo transplantado

• Alogênico - é aquele no qual as células da medula provêm de outro indivíduo (doador)

Também será possível realizar cuidados paliativos como parte do tratamento.

Os cuidados paliativos ocorrem para controlar os sintomas e efeitos colaterais do tratamento.

Ele consiste em medicamentos, atividades para controlar o estresse e apoio emocional.

Perspectivas promissoras na luta contra o linfoma

Pode-se afirmar que o linfoma tem cura, graças ao avanço das pesquisas nesse campo.

Um dos principais avanços na medicina foi a incorporação do anticorpo monoclonal rituximabe.

Graças a essa incorporação aumentaram as taxas de cura dos linfomas agressivos.

Não foi somente os avanços com os medicamentos que permitiram o aumento nas taxas de cura do linfoma,

mas também a modernização dos tratamentos de suporte.

Os tratamentos estão evoluindo cada vez mais, hoje já é possível criar medicamentos específicos que atinjam somente as moléculas e seus mecanismos, as chamadas terapias-alvo.

As terapias celulares com células imunológicas geneticamente modificadas, também é um avanço ao combate do linfoma.

A terapia CAR-T Cell já é um grande avanço no tratamento desse tipo de câncer.

Os próprios linfócitos do próprio paciente são coletados, modificados geneticamente e reinseridos no corpo para combater as células cancerosas.

Trata-se de um tratamento que está sendo estudado em todo mundo e os resultados são muito positivos.

Considerações finais

Em síntese, o linfoma é um câncer que ataca as células do sistema imunológico.

Os linfócitos, células do sistema imunológico, estão presentes nos gânglios linfáticos, baço e medula óssea.

Há dois tipos de linfoma, o não-Hodgkin e Hodgkin.

O linfoma mais comum é o não-Hodgkin.

Os pesquisadores ainda não descobriram a causa do aparecimento do linfoma, no entanto, algumas condições

médicas colocam em risco, como HIV, doenças autominunes, histórico familiar, vírus como Epstein-Barr, hepatite C

ou leucemia.

O diagnóstico ocorre pelo exame físico, com a confirmação do inchaço dos gânglios linfáticos.

Também é possível confirmar o diagnóstico por meio de tomografia e exame Pet scan.

O linfoma tem cura, graças ao avanço da medicina que continua em busca de tratamentos mais eficientes.

Atualmente a terapia CAR-T Cell, pesquisada em todo o mundo, já é um avanço no tratamento ao linfoma.

E a medicina não vai parar em busca de novas terapias e tratamento mais assertivos.


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Por Equipe Nancy & Gasparini em 15/09/2023